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"A QUE PONTO CHEGAMOS!

Nos grandes centros temos o privilégio de usufruirmos do saneamento básico.
Eu, por exemplo, não sei o que é abrir uma torneira e não sair água.
Como se desde que o mundo é mundo existissem torneiras prontas a jorrar água em abundância.
E as lâmpadas? A energia elétrica? As tomadas?
Com um toque você deixa tudo iluminado.
Quase desperdiçamos.
Desperdiçamos muitas vezes.
Só porque está ali, pronto pra jorrar, pronto pra iluminar seu quarto em pleno dia.
E é assim com comida também.
Acesso fácil.
Hoje uma farmácia vende chocolate, loja de materiais de construção vende sorvete.
Todo cafezinho tem bolo.
Todo copo de água vem com bolachas.
Supermercados em cada esquina.
Lanchonetes e barzinhos a cada 2 metros.
Se você resolver abrir e se molhar em cada torneira que encontrar, vai passar o dia encharcado(a).
Se você decidir ler um livro em baixo de cada lâmpada acesa, vai passar a vida dentro de livros.

E se você comer todos os alimentos que estão expostos, que são oferecidos, que possuem embalagens bonitas... vai acabar se afogando... se eletrucutando na própria gordura.

É a comida que come você?
A que ponto chegamos.
Personalidade zero... saúde zero.
Vida vazia.
Precisamos de um saneamento mental.

Tamara."

Escrito em 2 de dezembro de 2008, direto do blog http://planetaemagrecimento.blogspot.com

E de tudo o que li até agora esse foi o post mais perfeito de todos.

Coerente e real. E dolorido, também.

Porque do mesmo modo que acabamos com o planeta, acabamos com nós mesmos.