5.03.2003

Tema da redação: Meu pai



Meu pai é *O* cara.
Meu pai é um coração com pernas e braços.
É o tipo da pessoa que não mede esforços para ver você bem.
Tem um abraço do tamanho do mundo.
Um colo confortável e quentinho, daqueles que dá vontade de congelar o tempo.
Meu pai é a bondade em pessoa, capaz de tirar a própria roupa do corpo se ver alguém sentindo frio na rua.
Meu pai tem um caráter de cristal.
É um anjo em forma de gente.
Meu pai coloca a família em primeiro lugar sempre. Acima de tudo.
Meu pai, até quando fica nervoso, é engraçado.
Ele tem um vocabulário próprio. Estilo Marcelo, marmelo, martelo.
E um sotaque gauchês delicioso.
Meu pai vive enchendo a gente de mimos e carinhos.
Às vezes exagera, mas é de tanto querer fazer o bem.
Não leva desaforo pra casa e de vez em quando desce o barraco só por causa do CGC da loja que saiu ilegível na nota fiscal.
Ele curte cada conquista dos que ama, com os lindos olhinhos azuis brilhando.
Meu pai é um fofo. Dá vontade de ficar pendurada nele o tempo todo, enchendo de beijos e carinhos.
Meu pai é incapaz de fazer mal a alguém.
Eu tenho o maior orgulho do meu pai.
Eu queria que todos tivessem um pai como o meu.
Que ensinasse as lições de casa e as da vida.
Além dos olhos azuis, herdei do Daddão o amor pela natureza.
E, de tanto que me ajuda, digo que ele vai se formar biólogo junto comigo.
Hoje é aniversário do meu pai.
E ele recebeu os cumprimentos todo sorridente e emocionado.
Ele já está velhinho, de cabelinho de algodão.
Meio distraído, meio surdinho.
Impaciente com algumas coisas, um monge budista com outras.
Resmungão e divertido, como sempre.
E passem quantos anos passarem, eu amo meu pai.
Simples assim.

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