3.30.2003

...I wish it would rain down on me...

Um dia eu ainda vou aprender que para tudo na vida há limites. Eu juro que aprendo. Tudo nessa vida tem um porquê. Se o organismo pede arrego, é porque algo vai errado. Ele grita porque quer ser ouvido. Besta eu que insisto em fingir que não escuto. Tudo errado. Definitivamente há um defeito de fabricação gravíssimo na máquina pensante. Larinha desafiou o castigo, rebelou-se, e quis porque quis cair na gandaia e matar a saudade de tanta gente querida, achando que já estava curada do break forçado. Situação desagradável. Roubada total. Parece que todo mundo se diverte menos você, que dança um pouco, passa mal. Canta um pouco, passa mal. Ri um pouquinho, feliz por estar ali, mesmo seu interior desintegrando. A água desce atravessada e você vê tudo rodar e o estômago virar cambalhotas. O comprimido-tamanho-de-azeitona vira uma noz. Azeda em dois tempos e simplesmente quer sair dali o mais rápido possível. No caminho, a maledeta rádio do coração lembra coisas que deveriam estar esquecidas. O nó aperta mais e engasga. E o humor, pra onde vai!? Bah! Deveriam fazer um Oscar para super produções de auto-sabotagem. Dom nato para procurar sarna pra se coçar. E o pior de tudo é chegar cheirando whisky sem ter tomado uma única gota de alcóol. Aliás, sem nem gostar de whisky. Belo banho.


Ah, Seu Amyr Klink. O senhor sabe das coisas. ...Um dia é preciso parar de sonhar e simplesmente partir... A hora do balanço tá chegando. Equinócio de outono. Época de colheita e verificação do plantio. Sementes lançadas a esmo, todas elas. Algumas encontraram terreno fértil e viraram lindas flores. Essas, serão sempre cultivadas e mantidas longe das ervas-daninhas. As que caíram em terreno árido e ainda assim germinaram, merecem atenção mais que especial. As que esqueceram a ordem natural das coisas? Terão o mesmo tratamento. E assim a vida segue, num ciclo intermitente. E vamos em frente, porque atrás vem gente.
Um dia eu aprendo. Ah, se aprendo.


...let it rain down on me...

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