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A Campanha Mico 1000, realizada pelo WWF-Brasil e Associação Mico-Leão-Dourado (AMDL), atingiu seu principal objetivo: a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio São João, no Rio de Janeiro, com 145 mil hectares.

A campanha foi lançada em abril de 2001, com o nascimento do milésimo mico-leão-dourado na natureza, e encerrada no dia 27 de junho de 2002, com a criação da APA do Rio São João. No mesmo dia, o Banco Central lançou a cédula de R$ 20 ilustrada pelo mico-leão-dourado, transformando-o em um símbolo nacional. O animal foi escolhido pelo público em uma consulta sugerida pelo WWF-Brasil.

Como APA, a região passa a ter critérios de ocupação e uso do solo que garantem a integridade da biodiversidade local e a qualidade ambiental da bacia. Dentro da nova área estão os remanescentes de Mata Atlântica que servem de hábitat para o mico-leão-dourado, além das Reservas Biológicas União e Poço das Antas, do IBAMA, onde fica a sede do Programa de Conservação do Mico-Leão-Dourado.

A preservação do mico-leão-dourado foi a primeira ação do WWF no País. Em 1971 começou o projeto para salvar a espécie. O mico é uma das nossas principais bandeiras; ao defendê-lo, o WWF trabalha para proteger os últimos remanescentes de Mata Atlântica do Rio de Janeiro, um dos ecossistemas mais desmatados e ameaçados do mundo.

Com a nova APA e o lançamento da nota de R$ 20, o WWF-Brasil encerrou a bem-sucedida Campanha Mico 1000. Mas a luta pela preservação continua. A meta agora é expandir o hábitat disponível para os micos dos atuais 16.600 para 25.000 hectares até 2025. Este é o total de Mata Atlântica necessário para abrigar uma população de 2.000 animais, o mínimo para tirar a espécie da lista de animais ameaçados de extinção.

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Os micos-leões vivem em grupos de 5 a 6 indivíduos. Necessitam de uma área mínima de 40 ha (o equivalente a 50 campos de futebol) de floresta por grupo. Alguns chegam a viver até 15 anos. Alimentam-se de frutos silvestres, insetos e pequenos vertebrados. Como a maioria dos primatas, são animais diurnos e, ao cair da tarde, abrigam-se em ocos de árvores ou emaranhados de cipós e bromélias, onde passam a noite. Reproduzem-se uma vez por ano. Geralmente nascem gêmeos, a partir de setembro. Ao atingir a idade adulta, por volta dos 2 a 3 anos, os filhotes procuram então parceiros para formar seus próprios grupos.

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Três vivas para a WWF!!!