9.05.2003

...If I could reach, higher
Just for one moment touch the sky
From that one moment in my life
Im gonna be stronger
Know that Ive tried my very best
Id put my spirit to the test
If I could reach...



Antes de começar a divagar sem rumo e me perder em meus próprios pensamentos, eu queria agradecer todos os dedos cruzados, a torcida e o carinho recebido de todas as maneiras possíveis. Obrigada, queridos, do fundo do meu coração, por fazerem a diferença. Mas, infelizmente, dessa vez, o problema além de ter dimensões desconhecidas, é único e exclusivo meu. Não tem como envolvê-los com isso. Não tem como, eu não quero e eu não vou fazer isso com as pessoas que eu amo. Nós já temos problemas demais, não?
Não, não fui eu quem o criou. Ele simplesmente surgiu e como um dementador, me arremessou no olho do furacão. E nem eu sei o tamanho de tudo isso. Por enquanto tudo gira, em velocidade absurda, e não consigo enxergar adiante, em volta, nada. E, daqui de dentro, não tem como prever o que vai acontecer nos próximos meses, além das tempestades e inconstâncias, em doses cavalares. O problema maior é, sem dúvida, a parte que desconheço. Como lutar com algo que não enxergo, que não sei a proporção? Não posso armar-me de um estilete para enfrentar um dragão, ao mesmo passo que uma espada samurai é deveras exagerada para enfrentar uma pulga. Expectativa é a palavra da vez. Aguardar. No momento, só me resta aguardar e remoer aqui dentro tudo o que aconteceu e está por vir. Até mesmo o maior furacão uma hora cansa e se desfaz. E, quando tudo estiver assentado de novo, eu volto a falar nisso. Não há medo, nem receio, nem nada. Há apenas a vontade insandecida de ver tudo isso resolvido de uma vez por todas. A vontade de respirar aliviada, olhar o estrago feito pelo furacão e dizer "-Passou. É hora de reconstruir." Há, também, a vontade de que isso não tivesse acontecendo. Nem comigo, nem com ninguém. Quantas e quantas vezes perguntei "Por que eu? Por que comigo?". Mas isso já foge à minha alçada. Se eu fui a escolhida, é porque darei conta do recado. E vou honrar isso. A ponto de que, no final, vocês também tenham orgulho de mim. Por vezes sinto que não conseguirei suportar. As etiquetas adesivas de "Forte", "Corajosa", "Mulherão", "Estrela", parecem insistir em descolar. Porque sinto que, a qualquer momento, posso quebrar, partir no meio, desmanchar, por não conseguir suportar tamanho fardo. E isso sim eu temo. Mas é sabido, também, que a ninguém é dada uma cruz maior do que consiga carregar. Não conseguir enfrentar de frente algo que tanto me incomoda, algo que precisa ser enfrentado, sufoca. Mas enquanto houver força, enquanto houver vontade (e eu sou a mulher-vontades, esqueceram?), eu estou de pé. Rodando, sim. Mas já procurando abrandar a fera interior que grita, estancar o choro que parece nunca cansar, a ansiedade-monstro colocada pra escanteio. Porque no final, tudo dá certo. E se tem uma coisa que eu realmente acredito é nisso. E acredito, também, em muitas outras coisas, que já apareceram como 'provas vivas' pra mim. Acredito na fé, acredito no amor incondicional, acredito nas energias boas que circulam, acredito na lei tríplice tanto quanto no meu anjo da guarda, mais presente que nunca. Acredito também no que não sei explicar. E sei que nada disso vai me abandonar. E eu tinha que vomitar isso aqui antes que entrasse em parafuso. Pois bem. It's done. Que venha o final-de-semana!

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