6.24.2003

E aconteceu de novo.
Uma moto.
Uma estrada.
Um acidente.
Um amigo querido obrigado a partir tão cedo, deixando para trás muita saudade. E muita dor, também. Como se fatiassem um pedacinho do coração. Meu querido Fêr, arrancado à força da convivência diária, dos sorrisos, dos abraços, das brincadeiras. Não foi a primeira vez e dói muito mais saber que talvez não seja a última. É a única certeza que temos. É uma consequência natural de estarmos vivos. Mas não dói menos. Há alguns anos, a doce Ju. A menina dos olhos misteriosos e sorriso escancarado. Minha Harley. A companheira de todas as madrugadas, cheias de risadas e segredos. Aquela amiga que sequer tive a chance de conhecer pessoalmente, pois a ceifadeira foi cruel e a levou alguns dias antes que eu pudesse cruzar o país para isso. Duas almas jovens, cheias de energia, privadas do mundo adulto, de novas descobertas, novos sonhos, novas conquistas. Privadas do nosso bem mais sagrado: a vida. Levadas por uma banalidade. Um ridículo acidente de trânsito, causado por imprudência de terceiros. E para isso não há consolo. Saber da impunidade e que esse tipo de acontecimento vai continuar é inaceitável. Um misto de dor, revolta, inconformismo. E sequer temos um Código de Trânsito decente. Carros viram armas na mão de pessoas erradas. Armas tão poderosas quanto bombas. Não basta ser um às do volante. Técnica não vale de nada se você não tiver consciência e responsabilidade pelos seus atos. Prudência, cautela, cuidados. É tudo tão rápido, que sequer há tempo de reagir. Por Hell!!! São vidas humanas em trânsito diariamente!!!! Há muito a se cuidar. Há muito a se proteger. Há muito a se respeitar. Porque há muito a se viver.

...e o céu ganhou mais uma estrela...

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