5.24.2003

...eu tive fora uns dias... numa onda, diferente...

Relatório Alpha de uma semana de cativeiro.

É incrível o que uma semana pode fazer com uma pessoa. E eu acabarei esquecendo alguma coisa. Ou muitas. Mas vou tentar descrever um pouquinho do que eu vivi esses dias.

* You'll be in my heart: pra começar, o meu *sismago* e milhões de beijocas estaladas na trupe que "invadiu" o Caern, atendendo ao convite com maestria. Vocês três são minhas jóias preciosas. Daquelas que a gente quer guardar no coração pra sempre. De valor inestimável. Por isso confiei nas suas mãos esse meu cantinho sagrado. Obrigada, queridos, por cuidadarem desse pedacinho de *Me* durante a minha ausência. Chorei e ri, ao mesmo tempo. Vocês são incríveis. Simples assim. As portas estarão sempre abertas. Quando quiserem, sabem como fazer.

*Trash 80's - 1 ano O menino-limão já contou um pouquinho do que aconteceu. Mas esse acontecimento merece um post especial e único. Com a minha visão dos fatos. Né!?



* King Kong Dia desses eu paguei um micossauro. Tudo porque vi uma menina na rua com um siamês clone do Sushi. E viva a cara-de-pau!

* Parabéns!!! Parabéns!!! Essa semana, quatro pessoas amadas zeraram a kilometragem. Mais um aninho somado para o querido Zeezo, minha amada Aninha, a bonequinha Gigi - a mais recente noiva da turma, e a minha irmã gêmila. A menina-fada que tem uma torre só pra ela no castelo do meu coração. Eu quis muito estar presente, ao lado dela, lá no Rio, pra dar o abraço que ela merece. Daqueles de tirar do chão. Mas não foi possível. Fica aqui registrado o meu compromisso de, assim que o tempo me der uma trégua, chegar de mala e cuia para cumprir minha promessa. Por enquanto, um pequenino presente pra carioquinha mineira que faz os meus dias mais felizes.

* G. E. A. Ainda nada. Ansiosa, como sempre. O Grupo de Estudos Arachnida, do Centro de Pesquisa e Extensão da Faculdade está em processo de seleção para preenchimento de duas vagas para estágio. Nem preciso dizer que estou no páreo, não? O que me consumiu as últimas semanas até a última gota. Prova, trabalho, e ainda vem uma entrevista e uma saída a campo.

*** Pausa ***
No momento que escrevia esse post, resolvi checar a data para a entrevista na net e descobri que estava em cima da hora. Larguei tudo e corri para a faculdade. Dei sorte e cheguei a tempo. Agora só falta o trabalho de campo. Continuem na torcida!!! Agora estou aqui me lambuzando com um sundae de caramelo, pois eu mereço. Só espero que essa correria toda tenha valido à pena. Livrosmil , noites em claro, nervoso, uma passagem perdida, chá de cadeira... E vamos ver se esse danado desse post sai.
*** Fim da Pausa***

* Novo Layout Finalmente. Eu nem preciso dizer que eu amamélis. Ainda mais que foi feito especialmente pra mim. Mas Bluess... aumenta essa fonte que eu sou cegueta!!!! =cD
Assim que possível, os últimos ajustes serão feitos. Links, perfil e outras coisinhas...

* O Congresso Não tenho palavras. Vou cansar de escrever e não vai sair 1/8 (sim, eu gosto desse número) do que eu vivenciei. Uma experiência única. Foram quatro dias sentada em uma cadeira nada confortável, ouvindo palestras e mais palestras, sob um ar-condicionado castigante que me entupiu o cérebro, mas cada segundo ali foi mais do que absorvido. Meu coração expandiu mais um tanto, de ver tantas pessoas que pensam igual a mim. Pessoas que eu me orgulho de ter conhecido, de ter tido a oportunidade de aprender com elas. Pessoas que dedicaram a vida para cuidar dos animais. Para preservar as espécies. Para preservar a vida. O meu obrigada para a SZB, que teve a iniciativa de promover o evento, para o pessoal do Zôo de Bauru que nos recepcionou de uma maneira incrível e pro meu Daddão, que me deu essa oportunidade e me proporcionou uma das melhores coisas que eu já fiz na vida. Pai é tudo. Eu vivo dizendo...
*relê o que escreveu* Nossa. Isso tá parecendo agradecimento de entrega do Oscar!


Essa ararinha fazia parte da decoração do saguão do hotel. Uma graça. Todos os bichinhos feitos em jornal.


* I fell in love Ele é lindo. Impossível não se apaixonar por ele. A sua história de vida me comoveu. Alto, moreno, musculoso. Simpático e charmoso. Educadérrimo. Seu nome é Idi Amin. Idi é o gorila do Zôo de Belo Horizonte, que depois de sofrer muito, ganhou um recinto especial, com direito até a cachoeira. Está sendo treinado pela bióloga da Fundação Zôo-Botânica de Belo Horizonte - FZB-BH. Uma coisa de louco. Mas não é um treinamento de circo, antes que atirem pedras. Idi é um animal selvagem e deve ser tratado como tal. Não está lá para fazer micagens e brincadeiras. O trabalho que Cynthia Fernandes Cipreste vem desenvolvendo é no sentido de reduzir a aplicação de anestesia nos animais, facilitando, principalmente, os exames de rotina, vacinas e curativos em geral. Mas não deixa de ser uma graça ver aquele gorilão abrindo a boca para ter os dentes escovados ou encostando o pé na grade para receber um curativo. Simplesmente apaixonante. Ela é responsável pelo setor de enriquecimento ambiental. O que essa bióloga fez no Zôo de BH é de tirar o chapéu. Os animais mantidos em cativeiro precisam de mais gente como ela.



* Eu carrego comigo a grande agonia Eu sou tímida. Mas não imaginei que fosse tanto. Como é horrível chegar em um lugar sozinha, sem conhecer ninguém. Seiscentas pessoas estranhas, que você nunca viu na vida. Situaçãozinha complicada. Travei. Meu senso de "não incomodar ninguém" gritou forte e eu simplesmente não conseguia me intrometer em alguma conversa, entrar em uma rodinha de assuntos técnicos ou banais, nada. E isso que me considero uma pessoa bem flexível. Ughs. Abençoadas sejam as doces almas que se aproximaram de mim e puxaram assunto. E tudo se resolveu, como num passe de mágica. Resultado? Alguns cartões, contatos, baladinhas, novos amigos com interesses em comum, e duas propostas de emprego. E uma ressaca absurda!


Ainda bem que, no dia seguinte, todo mundo tava com a mesma cara.


* I fell in love - parte II Well... Ele tem nome, mas não deve ser revelado. E não, ele não é um gorila. É um humano. E grande parte do problema vem do item anterior. Na verdade nada esconde essa minha timidez.

* O cativeiro



Eu não nasci para ficar sozinha, isolada. Prezo, e muito, meus momentos de ermitã, mas eles não duram muito tempo. Preciso de gente tanto quanto preciso de bichos e natureza. Uma semana em cativeiro, em um quarto de hotel, sozinha, sem ninguém pra conversar, sem computador, sem nenhum cybercafé, nada. A*goonie*i. Risadas, papo furado, planos. Amigos, mesmo à distância, são tudo nessa vida, também. Três vivas para os créditos do meu celuLARA, todos gastos mantendo contato com as pessoas do coração, que evitaram que eu me atirasse pela janela. Aliás, janela que emoldurou esse por-do-sol lindo que eu ganhei de presente no último dia. De encher os olhos e acalmar o coração.

* O Zôo de Bauru Lindo. Fantástico. Muito bem cuidado, um paisagismo agradável, animais tranquilos, preocupação com os mínimos detalhes. Bem diferente do absurdo que é o Zôo de SP. A visita técnica rendeu muito. É muito bom colocar em prática o que passaram uma semana enfiando em seu cocuruto. Você aprende a ver o Zôo de outra maneira. Aliás, nesse sentido, muito tem que ser feito ainda. Principalmente na área de educação ambiental com as crianças. Onças em corte, lobos-guará em adaptação, o comportamento viciado do gato selvagem. E o prêmio de animal-cativante vai para o pinguim posudo, charmoso e curioso.











* A história de Leo

O melhor presente de todos estava por vir. Leo é um mandril do Zôo de Bauru. No recinto viviam ele, a femea (que estava esperando um bebê mandril) e mais duas filhotes. Semana passada, uma jararaca invadiu a jaula e matou Leo com 18 picadas (apenas uma tem efeito para matar um ser humano em poucas horas). Leo morreu bravamente, defendo a femea e seu futuro herdeiro. Chegamos ao Zôo pela manhã e qual não foi nossa surpresa ao ver que havia um macaquinho no colo da femea. Ele havia acabado de dar à luz. De costas para nós, não mostrava o pequenino por nada no mundo. Até o tratador encostar na grade e "falar" com ela, que virou e mostrou o mandrilzinho para nós, para depois segurá-lo como um bebê, que foi batizado de Marcelinho Carioca pelo tratador. Sim, um novo herdeiro, um novo líder. Aliás, menção honrosa pela dignidade de trabalho dessas pessoas. Os que mais conhecem os animais. Pessoas que não recebem um salário suficiente, mas que amam o que fazem. Mas, o pequenino teve que ser retirado da mãe para receber os cuidados necessários, que garantirão sua sobrevivência. E ver a nova mamãe desesperada procurando seu bebê foi de partir o coração. E eu chorei, emocionada. Um choro de comoção, raiva, angústia, revolta e ao mesmo tempo feliz. Pela situação em si. Pela coragem de Leo. Pelo amor de todos os profissionais que dão a vida, se necessário for, para proteger essas criaturas lindas. Pela oportunidade de presenciar essa cena única. Por saber que para cada animal que chega vivo em cativeiro, outros 9 morreram. E muitos habitats foram depredados. Por saber que esses animais só vão parar atrás das grades porque existem biopiratas espalhados pelo mundo todo, Que negociam a vida. Esses sim, deveriam estar enjaulados.O combate ao tráfico de animais silvestres é responsabilidade de todos nós. É a garantia da nossa própria sobrevivência.


E é isso. Estou de volta, amadinhos. Mais forte que nunca, mais feliz que nunca, mais apaixonada pela causa que nunca, mais determinada que nunca. Se esse tipo de experiência profissional é enriquecimento, eu digo que voltei milionária.

Agora dá "lecença" que tem uma Trash 80's me esperando, que eu não sou de ferro.

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