2.06.2003

Não falei?
Fui o caminho todo até o dentista mandando tudo o que estava me incomodando para o dente que seria extraído. Dito e feito. O danado deu um trabalho absurdo. Quebrou, a raiz não queria sair nem com macumba. Um pedacinho dela se perdeu e lá foi o Dotôdusdente procurar...Cutucou, cavocou, remexeu até dizer chega. O efeito da anestesia ainda não passou. Quero só ver. Ao menos será dor real, física. Mas sinto que boa parte dos problemas saíram. Ainda amargurada, sim. Mas bem melhor. Obrigada a todas as manifestações de carinho. Vocês são incríveis e responsáveis pelos sorrisos plantados na doida aqui durante esse infindável dia. Agora eu vou aproveitar meu estado de convalescente sob cuidados e fazer charminho. Ganhar xamego de mammy e do daddão, que estão cheios de paparicos. Sim. Sou caçula-raspa-de-tacho e sou mimada, sim. E daí? Depois que eu fui morar sozinha, esses pequenos mimos e atenções ganharam valores extras... Nada substitui amor de mãe e de pai. Um toque, uma sopinha, um cafuné, uma piadinha sobre o dente, um presentinho, um conserto em uma roupa, o orgulho pela nova jornada, o incentivo, um abraço que não acaba nunca... Renova, recicla, cura. Não há Amor maior no mundo. E é tudo o que eu preciso. O resto? Depois eu vejo o que faço. A mulher, a estudante, a profissional, a amiga, a tia, a amante, a baladeira, a inconstante, a rebelde, a preocupada, a perdida, a sonhadora... todas as minhas *eus* ficaram do lado de fora dessa asa que tanto protege e acalma. Amanhã é um novo dia e eu resgato todas elas. Hoje, só por hoje, quero voltar a ser apenas filha.


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