1.22.2003

Maior chuva de meteoros vai durar quatro meses
Reuters


A maior chuva de estrelas de todas as registradas até agora pelos astrônomos começará no próximo dia 1º de fevereiro e vai durar até o fim de maio, informou hoje o Centro Astronômico da Academia de Ciências da Rússia (CAACR). Trata-se de uma das correntes mais famosas de meteoros, chamadas de virginidas devido ao local de sua procedência, a constelação de Virgem.
Diferentemente da chuva de estrelas mais espetacular, as leônidas, que caem em dezenas ou centenas, a cada hora poderão ser vistas no céu noturno cerca de dez virginidas. Esta baixa intensidade demonstra que é uma das chuvas meteóricas mais antigas da galáxia, segundo o CAACR.

Os meteoros representam partículas de rocha e metal que, ao entrar na atmosfera se aquecem até a incandescência gerando o fenômeno luminoso conhecido como estrela cadente. Conforme os especialistas do CAACR, o período de melhor visualização será entre os dias 15 e 28 de março, e será melhor vista do hemisfério sul do planeta.

As chuvas de meteoros são um espetáculo que não requer instrumento algum para serem apreciadas e os astrônomos aconselham se afastar o máximo possível das luzes da cidade para contemplá-las.

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O que é a chuva de meteoros

A chuva de meteoros, ou mais popularmente de estrelas cadentes, nada mais é do que a entrada na atmosfera terrestre de pequenas partículas sólidas vindas do espaço. Quando a Terra passa pelo rastro de cometas este fenômeno pode ser visto com mais intensidade, já que estes objetos espaciais, formados por gelo e poeira, desprendem uma grande quantidade de "resíduos" ao viajar perto do Sol.

Estes resíduos ou meteoritos entram em contato com as camadas densas da atmosfera a velocidades que vão de 15 a 70 quilômetros por segundo. A fricção com o ar faz com que a poeira estelar se torne incandescente e depois volátil. Eletrizado em sua passagem, o ar fica luminescente, dando a impressão de um rastro luminoso que parece vir do mesmo lugar do céu: a constelação de Perseu, no caso das Perseidas, a de Leão, no caso das Leonidas, e a de Gêmeos, no caso das Geminidas.
Algumas chuvas de meteoros são bem conhecidas e regulares. Como o nosso planeta sempre cruza os cinturão de meteoróides no mesmo ponto da sua órbita, as chuvas sempre ocorrem nas mesmas datas de cada ano. São as chuvas de meteoros anuais.

O fenômeno foi identificado pelo astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli (1835-1910). Em 1962, ele descobriu que a ocorrência da chuva de meteoros Perseidas coincidia com a órbita do cometa Swift-Tuttle. Após ter comprovado esta relação, Schiaparelli chegou à conclusão de que os cometas produzem enxames de poeira que causam as chuvas de meteoros. Desde então, a maioria desses fenômenos é associada a cometas.

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Mas que belíssimo presente de aniversário eu vou ganhar!!!!
Já é sabido a paixão que eu tenho por estrelas, céu noturno, lua e astros em geral. Agora, uma chuva de meteoro na época do meu aniversário!!! Fantástico.
Se tiverem a oportunidade de ir à praia ou ao campo, resistam ao sono e passem uma noite olhando para o céu. É um espetáculo único, de encher os olhos e parar a respiração. Daquelas cenas que ficam registradas para sempre na memória. Em 1995 ou 1996, não me recordo ao certo, estávamos no Saco da Ribeira em Ubatuba, deitados no convés do barco de um amigo, jogando conversa fora em plena madrugada quando o céu se iluminou com um risco. Uma das meninas gritou "Uma estrela cadente". Só que, atrás dela, vieram muitas outras. E foi um tal de um passando por cima do outro, correndo, se atropelando, todo mundo ao mesmo tempo querendo subir no topo do barco para poder ver mais de perto o show espacial. Parecia cenário de filme, como se o céu estivesse desabando. Como se as estrelas estivessem "descolando" do espaço e despencando. Muitos meteoros. Um atrás do outro, vários ao mesmo tempo. O êxtase era tanto que, por um instante, flagrei todos os companheiros boquiabertos, olhos pregados no céu, sem conseguir emitir uma única palavra. Mesmo porque, não há palavras no mundo que descrevam as cenas presenciadas naquela noite. Não mesmo.

Eu digo: Não percam.

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