1.14.2003

Journey to the past

De vez em quando o passado remoto bate à porta da memória do coração. Hoje eu me lembrei das viagens para a chácara, na grande Caravan vermelho-goiaba que pappy tinha. Era uma aventura, todo final de semana. Ia euzinha do tamanho de um botão, sentada no colo de mammy, curtindo cada pedacinho da viagem. O túnel Mata Fria, o "morrão" e, a parte mais deliciosa: a aposta para quem via a "Igrejinha" primeiro. Ela estava sempre ali, uma pequena capela, logo após a curva, anunciando que a o nosso destino estava à apenas um quarteirão. E, sempre, era eu quem a avistava primeiro e fazia aqueeeeeeela festa. Hoje, ela não existe mais. Tem um ponto de ônibus no local. Mas a viagem até lá continua sendo deliciosa. Mudaram os caminhos e a paisagem. Mas é sempre igual. E sempre diferente. O lugar do meu coração. Onde eu aprendi a amar e respeitar a natureza. Onde eu aprendi a ser simples, a gostar de coisas simples, como fruta no pé (mesmo que fossem as mixiricas do vizinho), a rede com o solzinho de fim de tarde, minha coruja, o por-do-sol de tirar o fôlego, o céu mais estrelado, a lua nascendo por detrás dos eucaliptos, o balanço, a barra de cambalhotas. A companhia de pessoas amadas. Os churrascos deliciosos. As festas juLinas, com aquele frio e um vinho quente delicioso. Os aniversários. Os passeios de bicicleta. Tudo ali, faz a vida ser deliciosa, e o mundo, um lugar mais agradável de se morar.

Ai, que saudades.

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