Eu queria a mala...
*rindo* Tem algo mais perfeito que isso:
Como arrumar sua mala
por Jô Hallack
Não sei se com todo mundo é assim mas, arrumar mala, para mim, é um processo que atravessa várias fases.
São elas:
1 - Neurose
2 - Irresponsabilidade
3 – Pânico
4 – Dor de coluna
Neste texto, analisaremos todas essas fases e outros detalhes que nos surpreendem do desenrolar desta atividade feminina
1 - NEUROSETudo começa com um calendário e uma listinha. Eu fico calculando o meu tempo de viagem, quantos dias, como se eu fosse a governanta de uma colônia de férias. E resolvo fazer uma lista incrível das coisas que vou levar. O primeiro item, claro, são as calcinhas e soutiens, já que é um cálculo simples e independe do lugar que você vai (quer dizer, se é uma lua-de-mel, você vai demorar um pouco mais nesta atividade). O objetivo da lista é que você, neuroticamente, tenha um papel com todas as peças de roupa que você vai levar. Poder conferir o seu rol para ver se não está deixando nada em Nova Iorque (ou Saquarema) também é uma desculpa. Acontece que, na prática, a listinha não corresponde à realidade. Por exemplo: você escreve na listinha que vai levar dez camisetas e, na prática, coloca 12. Ou então, oito (duas estão no varal). Você fica nessa neurose por uma boa meia hora até que vê que essa coisa de listinha é ridícula – neste momento sua mala está aberta com algumas coisas já dentro – e você passa para a segunda fase.
2 – IRRESPONSABILIDADEConsiste em fazer algo ao invés de arrumar a mala. Que pode ser desde ficar ouvindo música na sala (e, vez por outra, você pega uma roupa e, fazendo coreografias, coloca na mala. É uma espécie de mecanismo que faz com que você ache que está realmente arrumando a mala) até ir num programa horrível que você renegaria numa situação de sanidade mental. Ou então, pode ser sair para uma balada e falar que vai arrumar a mala na volta, às três da manhã. E também há o irresponsável-responsável. Você não faz nada disso, fica em casa, mas fica olhando para a mala sem nenhuma ação.
3 – PÂNICOChega um momento em que você percebe que não existem alternativas para o seu problema. Isto é: você vai ter que fazer a mala de qualquer jeito, mesmo que esteja sem inspiração. No momento do pânico, você também entra em crise com o seu guarda-roupa. Acha tudo horrível, você não tem dinheiro para comprar roupas, isso é muito chato, etc. As únicas peças que realmente você gostaria de levar estão no cesto de roupas sujas. Essa é a primeira parte do pânico, conhecido como "pânico-depressivo", que é acompanhado por uma sensação de impotência. A segunda parte é o pânico-ativo, em que você abre o armário e começa a jogar todas (todas mesmo) suas roupas na mala, descontroladamente. Sapatos são um drama à parte. Ao invés de levar três pares, você leva dez, pois vai precisar deles. Inclusive aquele seu salto alto vermelho, que será muito útil no Pantanal. O pânico só termina quando você trocou de mala várias vezes (até arrumar uma king-size) e esvaziou o armário. Nesta hora, você é obrigada a se liberar de algumas peças pois a mala não fecha. Nesse momento, o esgotamento físico e emocional é gritante.
4 – DOR DE COLUNAVocê chega no aeroporto (ou rodoviária) com uma mala monstra, uma mochila monstra, uma sacola de mão monstra, etc. Tudo isso, porque vai passar o fim-de-semana em São Paulo ou Caraívas. A fase dor de coluna consiste numa dor de coluna mesmo. E você terá tempo para se recuperar, pois passará o fim-de-semana de moleton na casa do seu amigo (se estiver frio) ou então de biquíni! Mesmo assim, as roupas representarão um grande apoio psicológico à sua estadia longe de casa!
Reeditado: Ahhh! Eu sabia ke ia achar a imagem do jeito que eu queria! Nem que precisasse virar duas noites na web! Q*Q*Q*Q Mah eu disse ke ia.. e fui!





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